segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Ecos
O corpo trêmulo evidencia
Que algo de errado ali havia
O sol já não brilhava mesmo sendo dia
As cores não eram tão vibrantes como as via

O tempo lhe prendia como uma corrente
Quando tentava seguir em frente
Pedaços caíam bem rente
Era uma chuva fluente
Um fardo que parecia ser pesado
Tornou-se pior ao olhar pro passado
Já não bastava estar todo machucado
Se trancou bem escondido com cadeado
Ode ao boiadeiro
Deitado no sofá fitando o nada
Suas mão trêmulas se erguem
Estava tremendo de frio
Coberto por uma manta de lã
Embora o dia esteja ensolarado

Olhos para cima,aceitou o meu cumprimento
Olhou para mim após um momento
Abaixou a cabeça novamente
Aos afagos de uma mão quente
Não sabia o que se passava,aparentemente
Não distinguia noite do dia
Queria porque queria sair às 3 da madrugada
Correndo para levá-lo à cama sob a luz que reluzia
Resolvi dizer que ele precisava de uma chuveirada
Foi assim que pude acompanhá-lo até seu estado terminal
No qual nada havia a se fazer a não ser esperar...
Bastou uma ligação:vieram aos prantos
Fiquei tão chocado que não chorei,mas sentia
E de tanto sentir sei que agora descansas em paz