quarta-feira, 10 de maio de 2017

Na Tempestade
Cinzas não se inflamam novamente
Só queria um fim decente
O corte interno passa-se despercebido por quem não o sente
Parece-me tão inalcançável
Sufoca tanto que me deixa vulnerável

Não adianta cair em prantos neste lamento
Enquanto todo dia vivencio o mesmo tormento
O qual me cansa e me deixa sem nenhum alento
Jogo um raio em meu próprio navio
Para ter o prazer de me afogar no oceano frio
Afundando lentamente,rumo ao vazio
Assim todas minhas mazelas expio
Não tenho forças para falar e pedir
Pela eutanásia que me fará partir
Vejo essa tortura todos os dias
Enquanto as noites se tornam mais frias
Então me insulte
Me odeie
É isso que eu quero
É disso que preciso
Para continuar vivo