sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Desejos
Negligencio o passado
Em prol de um desejo idealizado
Um futuro já tão esperado
Desencadeando nesta terrível agonia
Tão ardente e fria


Eu quero mais que tudo
O que você mais rejeita
Ninguém está satisfeito,não é mesmo?

Não queria que fosse desse tanto,agridoce
A dor que escorre pelos olhos
Com este falso sorriso singelo
Tentando admirar o belo
As esmolas do dia-a-dia
Abrem feridas onde ali não havia
À espera de um salvador
Incita-lhe o ódio e rancor
Sufocando o amor que nunca provou
Gostaria de olhar no espelho e poder sorrir
Passar o dia sem ter que fingir
Que tudo bem está,quando na verdade
Desistir de tudo,em sua mente,é o que há
Gostaria de poder me despedir
Sem algum remorso ter que sentir
Tendo uma espécie de auto desdém
Provando o fardo de outrém
No final,torno-me um observador impotente
Descrente do mundo que me cerca
Afundando este lamento interno
Sendo mais frio que qualquer inverno
Sem esperança,tal lembrança morre
Deixando este eterno ponto de interrogação
Rente à sua loucura,cria-se uma desconexão
Avessa a si mesmo